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As Cadeiras do Maracanã

Basicamente a determinação das cores das cadeiras tem como base o resultado estético e não funcional. O desenho e a escolha das cores está mais associado a questões simbólicas como a cor do time, da bandeira do país ou cidade, até mesmo nomes, figuras e símbolos. A escolha das cores e a forma de distribui-las pode ser uma importante ferramenta na ambientação das arquibancadas. O uso de cores em blocos, anéis ou setores cria uma demarcação muito rígida e dá a impressão de “loteamento” das arquibancadas, tirando um pouco a alegria e a unidade do conjunto, de forma subjetiva fica implícito a associação com caro e barato, bom ou ruim e por ai vai.

A distribuição mais uniforme e mesclada, promove uma transição mais suave das cores e uma sensação de conjunto, mesmo com o uso de várias cores. Por último é preciso lembrar que as arquibancadas nem sempre estão cheias e é normal que o público fique espalhado de forma mais aleatória, o uso da mescla e de cores variadas diminui a percepção dos espaços vazios e da a impressão que existe um público maior que o real.

No caso do Maracanã, a escolha foi quase que óbvia. O Maracanã no fundo sempre fez o papel de estádio nacional, aquele que representa não só o Rio de Janeiro mas o Brasil como um todos, além de cores alegres o amarelo, azul e branco fazem parte das cores nacionais e também do Rio de Janeiro. Usamos o verde do campo para completar a cor que faltava, sendo assim temos o campo verde e o início das cadeiras em amarelo (Brasil) passando ao azul e depois branco e cinza (Rio de Janeiro). Esse degrade também tem como intensão terminar o final das arquibancadas com tons mais claros, que em conjunto com a nova cobertura vai dar mais leveza, deixando as cores mais quentes nas áreas mais inferiores, onde o sol incidirá com maior frequência.